O fio temeroso do teu cabelo grisalho,
Na vara de esterco, impôs-me rigor cruel,
Mas o azul cintilante do vasto céu,
Libertou-me do cerco, oferecendo alívio.
Musas nuas, impassíveis na sujeira,
Contemplavam minha dor com frieza sutil,
E quando o sino da meia-noite fez-se ouvir,
Tentei fugir, ágil e esperto, tal charrua.
Infelizmente, o teu fio comprido, feroz,
Puxou-me de volta ao destino que eu conhecia,
A sujeira alastrou-se, e meu espírito sucumbia.
O sangue se espalhou pelo quase cadáver,
Eu rezei com fervor, esperando o perdão,
Mas o eco da igreja e o padre me disseram: morra, enodoado