franciseu

Dor do fim do dia

Agora transformo minha dor em poesia
A dor que me enche as veias em um fim de dia,
A dor doída que nunca cicatriza,
Assim, a dor de existir se eterniza.

O asfalto se esperneia ao pisá-lo,
Minha dor agora o consumiu,
E com grandes luzes vem o que transforma matéria em alma,
Me destruir e me transformar em nada.

O meu nada agora escorre pela beira da calçada,
Sem mente para pensar,
Sem dor para sentir,
Apenas fragmentos do ser feito de dor de fim de dia,
Que agora se tornou adubo para o chão frio.