\"Adeus solidão\" gostaria de dizer
A mente refém do triste entardecer
Pensamentos suicidas a se empilhar
Viver na escuridão eterna de algum lugar
Num silêncio absoluto e pacífico
Longe das incertezas do destino
Somente a imensidão do meu pensar
A Deus á imensidão do eterno amanhecer
A luz que meus olhos já não conseguem crer
Um alívio para almas despedaçadas
Perdidas no céu sereno das madrugadas
O céu sereno em que só minha alma fica
Sutilmente em desespero ela grita
Porquê já não pode acompanhar as outras almas
Ao meu coração, cicatrizes sem porquê?!
A mim a negação e continuo sem entender
Talvez meu inferno seja \"ausência\"
Um sofrimento único para minha existência
\"Adeus Maria\" essas palavras estão erradas!
A onde meu inútil coração estava ?
Quando inconsciente, destruí minha alma
Quando inocente, o amor desarma
E assim lentamente se formam as chagas
Algum anjo toma as dores para si ?
Às minhas estão somente para mim
Pergunto-me a que anjo eu feri ?
\"Adeus Maria\" e nunca mais eu senti
Que sorriria ou seria feliz
Porquê Maria eu nunca a esqueci!
\"Adeus solidão\" queria falar
Porquê minha alma pertence a outro lugar
E continua gritando sem nunca se render
Aceitando o fato do inevitável anoitecer
Mas nunca escurecendo junto
Pois nem toda a dor do mundo
Vence a convicção brutal do orgulho.