Se meus pesares fossem cantados em formas de belas canções, não tenho dúvidas de que minhas mágoas escorreriam como chuva pelas janelas dos apartamentos antigos,
aqueles onde moram os casais de velhinhos apaixonados, os que dançam sob a lareira às quatro da tarde depois do café.
Sei que ecoariam nos ouvidos daqueles moços de mente imatura,
aqueles que imaginam que são joviais, mas são somente fúteis,
os que correm nas ruas durante a madrugada fria em busca de sentido e de encontrar-se em algum bar de esquina.
Seriam inspiração dos poetas que não tem nenhum conhecimento de literatura, que jogam palavras soltas
e nada além disso.
- Como chuva.