Esculpido em barro, pela genética moldado
Em reflexos, um desconhecido, deformado.
A beleza dos pais, um amanhecer na primavera,
A minha, uma sombra, paralela.
Inteligência, um oceano, profundo e imenso,
Mas a beleza, um deserto, intenso. Espelhos, traidores, a alma desnudam o ser,
Em cada traço, uma ferida aberta.
A sociedade, um julgamento visceral
A beleza, um padrão, um ideal inalcançável.
Em revistas e telas, a perfeição se esconde como num labirinto escuro
E eu, perdido, me afogando em um mar de minhas próprias lágrimas.