Eliabe Lira

Destino

Sangro palavras fúteis,

Crio finais felizes, 

Sem poder mudar nada,

Do que o destino escreve.

 

Do passado rasgado,

A flor da infância tangencia,

E dita as antigas cantigas,

Que faziam sorrir e chorar.

 

Que há de ser do amanhã, 

Nuvem que destila incertezas,

Se chove, se não, se passa ou não,

O medo do incerto me cerca.

 

Enquanto o café esfria,

A dança continua ininterrupta,

E todos olham seus umbigos,

Sem tempo, sem amor, sem EU.