Me afasto da poesia,
mas ela sempre me procura,
como um amante fiel
que nunca desiste da ternura.
A inspiração vem do nada,
uma chama que acende sem aviso,
e de repente, as palavras fluem,
como um rio que encontra seu destino.
Mas às vezes há bloqueios,
como uma rocha no caminho,
e a mente se fecha em paradoxos,
sem saber para onde ir.
É então que pego o bloco de notas,
e começo a escrever sem parar,
até que a criação floresça,
e os bloqueios possam dissipar.
A poesia é como uma caverna,
um lugar onde posso me esconder,
e explorar as profundezas da alma,
sem medo de me perder.
E quando chega a colheita,
os frutos são tão escarlates,
que parecem brotar de um mundo mágico,
onde tudo é possível e sublime.
Sim, a poesia sempre me procura,
e eu a sigo de bom grado,
pois é ela que me leva a lugares,
onde o coração encontra o seu legado.