Gustavo Cunha

Soneto de reflexão

Apenas meu ser, uma reflexão,
 
Um sonho distante, não sonhado,
 
Vagamente em reverência imerso,
 
Minha alma em ilusões entrelaçada.
 
Com alegrias efêmeras, dolorosas,
 
Longe da beleza, à beira do abismo,
 
Ali jazem mágoas persistentes,
 
Multidão desesperançada, sem abrigo.
 
As horas secretas enfim se findaram,
 
Pesa na consciência a nostalgia,
 
Era de felicidade, fantasmas vagam.
 
A totalidade do ser, a revelar,
 
Ansiando sempre, em constante agonia,
 
Por um vislumbre, o eu a desvelar.