Sua presença ainda me acalma mesmo doendo.
A canção parou e a chuva se tornou tempestade.
O silêncio que ficou é tão barulhento.
E eu me pergunto: será que eu devo continuar dançando mesmo que a chuva tenha se tornado uma tempestade, que a canção tenha parado e o silêncio esteja sangrando meus ouvidos? Será que eu vou conseguir achar as palavras em meio a todo esse vazio? Será que vou conseguir fazer uma nova canção sozinha? Será que devo?...
Devo me conduzir sozinha ao salão de tempestade nessa dança, sem saber o ritmo ou o tom certo, mas com delicadeza pra que se caso eu venha a cair que não fique muito mais machucada do que já estou.
Que os meus passos, mesmo incertos, sejam o suficiente para que eu não pare de dançar.