Batidas suaves na porta;
O ritmo e força aumentam;
É uma casa humilde, as portas já não aguentam;
Paz, por um momento;
A tensão sufoca;
Coração em desalento.
Agora está calmo, não há mais força;
Apenas observa, sorriso cínico e olhos de treva;
Ele sabe, a paciência sempre ganha;
Não importa esperar um ano ou uma semana;
Se pode ouvir do outro lado \"a porta não me segura, ela te engana\".
O medo vira aceitação, conforme-se e largue a mão;
Onde antes havia porta, agora há apenas um vão;
Com um cigarro na boca, ele te vê e não esboça reação;
De fim restou a tensão, nunca houve ninguém ali,
Que confusão, você perdeu a razão.
O viajante solitário, o homem sem emoção,
Se vê perdido, foi tudo uma ilusão?
Quem sabe aquele homem fazia parte de uma visão,
Numa parte de mim há uma sensação,
Tudo se convergirá, numa jornada convoluta,
Em que a única certeza é que tempos novos virão.