Lilyan Andrade

Outono

 

Em frente ao mar. Quando se ver já é outono, rodopiando consigo à lembrança e as folhas amareladas

Voam e caem. E consigo as árvores se recomeçam…

 

E este mar inabitado e morto, toma pose de invejar as árvores e da sua força de recomeçar…

E as ondas, rodeiam aos beijos do Porto

A espuma, desmanchando em riso

 

Mas chegou a noite e a onda que se fez no meu peito se desfez, se logo, ao vir da luz , abandonaste o Porto ?

Te rodeava, aos beijos e o acalento,

Mas fugiste como o sol…

 

E eu observo o mar e o céu, e vejo oceano triste e a garrafa de conhaque vazia.

O chão que pisaste rodopiando ao som de Tennessee, só resta sua regata branca jogada…

E eu contemplo o lugar por onde te sumiste, e a lembrança que se fez caindo como uma folha em tempo de outono.