Melancolia...

Por Amor. (Carta 13 Dez. 2010).

Não foi para te amar, que abordei minh’alma

perdi minha calma

e no trauma da dor,

a solidão retornei;

 

Não foi para te segurar, que contei meus segredos,

declarei meus medos

e nos apegos as coisas tuas,

me fingi de vítima;

 

Mas, foi por amor,

que te entreguei meu corpo,

meu orgulho morto ou para não ter muito desgosto,

o meu rosto não vir a morrer.

 

E mesmo assim, na dor, encontrei a verdade: 

o amor que pensei ser eterno, 

desmoronou como castelos de areia 

sob a maré fria da realidade.

 

No fim, restam apenas os ecos, 

dos sussurros que um dia foram promessas, 

e o silêncio que agora preenche 

o espaço onde um sonho havia morado.

 

E assim, com o coração em pedaços, 

vou seguindo, mais uma vez, 

deixando para trás a ilusão de que 

o amor poderia ser um abrigo eterno.

13 dez 2010 (13:58)