Não foi para te amar, que abordei minh’alma
perdi minha calma
e no trauma da dor,
a solidão retornei;
Não foi para te segurar, que contei meus segredos,
declarei meus medos
e nos apegos as coisas tuas,
me fingi de vítima;
Mas, foi por amor,
que te entreguei meu corpo,
meu orgulho morto ou para não ter muito desgosto,
o meu rosto não vir a morrer.
E mesmo assim, na dor, encontrei a verdade:
o amor que pensei ser eterno,
desmoronou como castelos de areia
sob a maré fria da realidade.
No fim, restam apenas os ecos,
dos sussurros que um dia foram promessas,
e o silêncio que agora preenche
o espaço onde um sonho havia morado.
E assim, com o coração em pedaços,
vou seguindo, mais uma vez,
deixando para trás a ilusão de que
o amor poderia ser um abrigo eterno.
13 dez 2010 (13:58)