Na oficina do ser, a vida se entrelaça,
Cada um com suas ferramentas:
Um pincel simples, uma lixa desgastada,
O martelo firme que racha a pedra,
Cada golpe, uma escolha, uma chance.
Há aqueles que manuseiam os elementos básicos,
Pregos e tábuas, para erguer abrigos seguros,
E aqueles que, com argila nas mãos,
Modelam sonhos frágeis e belos,
Enquanto outros, com metais e fogo,
Forjam armaduras contra as tempestades.
Acariciando o barro, moldável e quente,
As mãos que criam, que transformam,
Um vaso pra flores, um abrigo pra dor,
Em cada gesto, um ato de coragem...
De criar, de quebrar, de recomeçar.
Mas cuidado, oh artífice do destino,
Pois a mesma lâmina que faz o corte,
Também pode curar ou ferir,
A responsabilidade está em quem faz uso,
Na forma que utiliza o material com sabedoria.
Existem também os que, por descuido ou desatino,
Usam os mesmos instrumentos para destruir:
No fogo das paixões descontroladas,
Queimando as pontes que poderiam atravessar;
E nas lâminas afiadas da inveja,
Cortando os laços que poderiam salvar.
Vamos, juntos, aplicar o que temos,
A bondade como a cola que une,
O amor como a tinta que dá cor,
Pois as ferramentas da vida,
São capazes de nos erguer ou derrubar,
Cabe a nós, com sabedoria e propósito,
Decidir como vamos utilizá-las.
Que possamos, então, forjar com esperança,
Construindo pontes onde há abismos,
E com cada prego, com cada martelada,
Superar os obstáculos que nos separam,
Aplicando nossas ferramentas,
Para nosso benefício e dos outros,
E assim, juntos, moldando um mundo melhor para todos.