Minha casa coração, versos de uma canção em tempos de pouca poesia;
Densidade no clima que retarda meu abraço, me evita o passo, precipita-me o choro, embarga-me a voz;
Visgo da revolta que não afina a razão, cegueira da paixão das tropas, dos muitos em carreira com sua prepotente convicção, loucura da coerência;
Em cores pintadas para a sensatez, bizarrices da pseudo sabedoria, arte abstrata da estupidez, produto insano;
Rimas caladas por maioria risonha, minas camufladas em campos verdejantes, alegria bisonha, dor eufórica;
Terra seca, mata no chão, mata no chão, outorga sem reservas, sem opinião, canto mudo de pássaro sem voo;
Minha casa coração, versos de uma canção em tempos de pouca poesia...