Foi quando eu decidi arrancar um por um que me vi nua e indefesa, mudada, agora mutilada e apunhalada. É assim que nos sentimos: rosas sem espinhos, fracas, pois foi isso que decidimos ser. Nada além de uma bela flor, um troféu usado para alimentar egos alheios. E o nosso? Afinal, a rosa somos nós. Não havia esperança, mas a esperança ainda reina dentro de nós, a essência do que um dia fomos, gritando para sair, lutando intensamente para relembrarmos o que éramos.
Espinhos nascem de novo, não é? Cabe a nós decidir se continuaremos arrancando-os ou não. A esperança é o que reina dentro de nós, lembrando-nos que não somos indefesas, pois essa é a nossa natureza. Não nascemos para viver sem espinhos, e não viveremos assim.