Perfumes de pecado...
Oras eu os sei...
Minha prisão de viver...
Inúteis as noites da minha rua…
Sem antes conhecer você ...
Rituais que previ...
Pleno de desejo e de ciúme...
Abismo do seu ser.
Sou saudade do longe donde vim...
Sou esperança por estar junto a ti...
No caminho da vida...
Fui outro, e, outro sendo...
Outro serei...
Tenho fantasmas não tão educados...
Que não sei eu...
Se são casados com o diabo...
Perguntaste-me outro dia
Enquanto olhava-me admirado...
Se a vida me comprazia...
Se eu desejava mudar meu fado...
Menti naquela hora...
E disse que não sabia...
Que te importa afinal...
O bem que me acalenta...
Ou que me fustiga o mal ?
De olhos vagos e perdidos...
Nos olhamos sem nos ver...
Quase tudo passa...
E tão pouco fica...
Dê-me alívio às minhas feridas...
De que são feitos os dias...
Pequenos desejos...
Ou mágoas sombrias?
O bem que nunca fora...
É o mal que se avizinha...
Mas enfim no que me é guardado...
São meus sonhos conturbados...
Alguns se perderam...
Outros na sarjeta foram jogados...
Anda, vem...
Nem todo prazer é pecado...
Da vida não tenho muitos jeitos...
Só saudades e embaraços...
Junto ao teu peito...
Me perco e me esqueço...
Olhando todos os céus...
Choram em mim os seus presságios...
O maior sonho que acalento...
É por ti ser amado...
Tudo que sou, sou prelúdio...
O resto foi o que eu não quis...
Como se o tempo fosse um sentimento...
Entre os teus braços enlaçar-me mais...
Sandro Paschoal Nogueira