Ela vem
E pede seu corpo
E ele faz sua vontade
Então volta e pede de novo
Então, outra vez
Ele lhe dá saciedade
Então ela volta novamente
E vai ficando sério
De verdade
Agora já é diferente
Ele sente o peso
De uma corrente
Ela já se sente leve
E à vontade
Lhe conta com regularidade
Já estão falando da gente
Depois,
Mostrando contrariedade
Reclama ouvir censuras
Entre dentes
E ele, sem novidade
Ela reclama impaciente
Da sua crueldade
De ser indiferente
Da sua insensibilidade
E então vai ficar assim?
O que você quer de mim?
Ele tenta retrucar timidamente
Alma angustiada, corpo cliente
Tenta fugir com habilidade
Mas a teia treme, e ela sente
E ele pressente
Que agora é tarde...