Lilian Fátima

BRUMAS

Há um mistério que envolve o teu ser

Afagando o meu coração neste querer

Ai de mim, poetisa de pouca rima

Como posso lidar com esse enigma

 

Tu, escritor fiel ao estilo aguerrido

Não se detém em pausas e capítulos

Ai de mim, poetisa de pouca rima

O que leva a buscar tal estima?

 

Fico embevecida quando o leio

Fantasio nos enredos meus anseios

Ai de mim, poetisa de pouca rima

Estás ainda com sonhos de menina

 

Sonhei que criastes uma personagem

Romântica e singela tal minha imagem

Ai de mim, poetisa de pouca rima

Com o tal escritor misterioso, cisma!

 

Assanhei me a ofertar a ti um mimo

Enviei uma poesia que fiz para ti

Ai de mim, poetisa de pouca rima

Terias mais sucesso numa pantomina

 

Eu aqui fico a devanear com teu ser

Embevece meu coração tua figura

Ai de mim, poetisa de pouca rima

Silencio sobre aquela obra prima