Biopoetisa

Virgem de pensamento

Virgem de pensamento 

Nas profundezas do meu desejo, quis tocar tua alma,  
Como um vento suave que sussurra segredos aos ouvidos do tempo.  
Mas temi, no âmago da noite, tua obsessão latente,  
Um amor não amadurecido, como fruto verde ao vento.
Teus olhos, janelas de um mundo ainda inocente,  
Refletem sonhos ingênuos, como espelhos de cristal.  
E eu, navegante solitária em mares profundos,  
Vejo em ti um anseio, uma esperança que ainda não floresceu.
Não estás preparado, amor, para a dança das almas,  
Teus pensamentos são virgens, não conhecem o fogo.  
A relação que desejas é castelo de areia,  
Construído na maré baixa, desmoronando na primeira onda.
Oh, doce ilusão, de quereres e sonhos perdidos,  
És jovem demais para as tempestades do coração.  
E eu, poetisa da vida, peço que compreendas,  
Que amar é arte, é fúria, é dor e redenção.
Deixa-me ser a brisa que te afaga ao entardecer,  
E não a tempestade que te arrasta ao vendaval.  
Cresce, amadurece, floresce como o sol nascente,  
E então, talvez, possamos dançar ao som das estrelas....

By: Biopoetisa