O sol poente era pragmaticamente o bebê que dormiu em teu ventre.
Naquela sombria manhã de agosto, o mundo tornou-se turvo, tudo deposto.
Você diria para perdoar-me se ainda estivesse presente em teu posto.
Desde então, vivi a vida preso em uma floresta, igual a um sessiliventre.
Se ainda vivesse em terra, saberia o quanto mudei nessas circunstâncias.
Se o bebê, que ambos amávamos, crescesse como rei,
Lhe benzeria tal qual fez aquele benevolente frei.
Se somente o céu daquele dia não me causasse distúrbios todos os dias...
Infelizmente, perdi você e aquele que marcava morada em teu peito.
Solenemente, nego tudo que me faz lembrar de tua face deslumbrante.
Me tornei o mais amargurado dos homens; a definição do preconceito.
Me tornei o admirador da lua das 19h e o maior inimigo do sol abracadabrante.
Estou morto, mesmo perante ao belo dia de agosto.
Sou sórdido por ainda viver e infeliz por não te ver.
Sou melancólico por ainda escrever e medonho por te perder.
Essa é uma vida que há muito se perdeu; sempre a pagar imposto.