Uma vida comum, sem grandes
Anseios, desejos, enterros. Apenas
O comum, o normal, o habitual.
Por que renasci Deus? Agora desejo o usual.
Fui forjado para reinar, comandar, entranhar,
Instauraram em meu ser Objetivos, Destinos,
Para conquistar Impérios, Méritos, Cemitérios.
Sacrificaram uma alma comum e tornaram dela
Rei, Imperador, Caçador. Pela Dor.
Meu destino foi selado quando fiz
Meus pactos, Agora tenho
O dever de obter Poder,
De obter Riqueza,
De obter Tristeza.
De obter me Conter.
Por que nasci Deus?
Por que não nasci plebeu, ateu?
Agora devo sangrar e me sacrificar,
Abdicar meu ser anterior e seguir
O que me foi posto, desgosto, rancoroso.
A boemia grita em minha mente,
Mas seguirá enjaulada nesta vida.
Aproveitei demais nas outras,
Agora pagarei e construirei tudo
Que minhas versões não fizeram.
Você viveria mil vidas comuns com
O preço de viver uma vida de deidade
Após elas? Meu ser escolheu e agora
Devo pagar o preço de ser Deus.