Marcelo Veloso

BRIGAS

Quando a gente briga,

perde o sentido da compreensão,

fazendo da nossa história,

um assoalho de contradição.

 

Quando a gente desentende,

fica uma sensação de vazio,

criando uma atmosfera sombria,

como sentir um nausear, um fastio.

 

Quando a gente enfurece,

a intriga toma terreno,

fazendo com nossa paciência,

um comportar fraco e pequeno.

 

Brigas, rusgas, quimeras,

uma dívida que não se acaba,

quando o respeito é consumido,

por atitude viciosa e braba.

 

Quando a gente arrelia,

a contenda causa erupção,

tirando o sublime sossego,

pelo descortinar da razão.

 

Quando a gente frege,

a irritação vira uma bomba,

explode no colo de qualquer um,

e todo apreço esvai e tomba.

 

Quanto a gente aborrece,

nada concorre para o bem,

é um desnortear sem tamanho,

como arrancar o trilho do trem.

 

Brigas, intrigas, devaneios,

redunda num amontoar de desavença,

fazendo perder a legitimidade do amor,

da esperança, da fé e da crença.