Meu mundo começa como enxergo
e termina naquilo que vejo
É pelo olhar da alma
que olho o chão da terra em que piso
e tudo que percebo e reparo
tem a translucidez das lentes que eu trago
(o mundo tem o tamanho do horizonte que alcanço)
Minha mundividência tem o som das crenças
o ruído sussurrado dos sentimentos
o murmúrio balbuciante dos sentidos
o gaguejar cochichado dos valores
e o soluçar gemido dos livros lidos
Quando eu sumir do Mundo
vou chegar para Deus e dizer
“eu vi o mundo
ele se inicia e se finda comigo”