Repaginando as reminiscências na linha do cerol
Deparo-me com um passado varonil.
Que de mim fugiu, como um peixe do anzol
Vem-me então, no presente a saudade pueril
Fragmentos de profunda comoção
Pendurada num prego torto e enferrujado
A Nostalgia dos binóculos
Retratava o cinema mudo
Mudo como senti o amor
Visto em preto e branco
Mas preto e branco que o condor
.
Saudade da criança saltitante feito pipoca
Saudade da pipoqueira que sumiu
Evolando-se em nuvens infantes que toca
No senso da tradição que se extinguiu
Saudade do rouba bandeira
Do pega ladrão, ximbra e pinhão
Do carrinho de velocidade rolimã
Correndo em força eletromotriz
Nostálgica é perene náusea de mar
Feito criança verde e feliz
A saudade de um tempo em que sorri
Diferente deste de hoje, que me vê chorar