Sentada no tapete da sala,
Palavras escorrem pelos meus dedos e minha mente incessantemente não se cala...
Reflito sobre tudo e sobre nada,
Rabisco em meu velho caderno como este mundo atual não passa de uma canoa furada...
Ingratidão?
Ela é a velha amiga de muitos que sempre tiveram tudo ao alcance de suas mãos...
Pelas mínimas oportunidades da vida, seja grato
Tem irmão seu aí nesse vasto mundão que não tem nem arroz e feijão todos os dias no prato...
Ah, não... Mais um dia?
Diz você aí com um teto para morar, despensa abarrotada de alimentos,
Agasalhos para se proteger de dias frios, da chuva e do vento...
Enquanto muitos estão jogados ao relento e sem nenhum tipo de sustento...
Ah, não...Menos um dia?
Lamenta alguém acamado num quarto de hospital, talvez em estado terminal,
Olhando para o relógio na parede e a cada tic-tac, pensando quanto tempo lhe resta, afinal?
E você aí sentado na cadeira de seu escritório, reclamando que seu dia de trabalho é sempre igual?
Afinal, quem tem razão?
Ter os dias contados te dá licença para tudo dizer?
Viver a vida sem saber o dia em que vai partir te obriga a sempre ter que agradecer?
Não há errado nesta história, mas há dois lados que contrastam bem,
O que vivo e conquisto hoje, neste exato instante pode ser a oração mais sincera de alguém!
Autora: Bruna Laís Amaral. (Bruh Poesias & Luz)