No passar das areias do tempo, minha memória por ti vai se esvaindo aos poucos.
Quanto tempo já se passou, desde a última vez em que te vi?
Aquela época era diferente desta,
Ainda estávamos em nossas infâncias,
Que doce era a vida naquela época.
Sei que agora não somos mais os mesmos
Pelo menos eu não sou mais a mesma.
Como poderíamos ser iguais a antes?
Éramos muitos novos,
Crianças bobas e sem noção.
Agora somos apenas jovens sem rumo.
Tu me fazias rir e isso era feliz, como a melodia dos
pássaros no verão.
Mas também me fazia ficar triste, o que apunhalava
minha alma feito um calibre.
Porém não posso afirmar com clareza que fui uma pessoa
santa,
Vivia a te irritar e tu em contrapartida fazias o mesmo,
Não o culpo.
Sei que para ti eu já não existo mais,
A minha memória em tua mente foi aos poucos se
esvaindo, ou talvez, sumido por completo, igual a um
eclipse
Porém tu ficaste um belo tempo em meu coração que
agora está em ruínas.
Não posso afirmar se foi algo bom ou ruim,
Não me lembro mais, nem mesmo me vem a memória por
que paramos de nos falar
Se paramos, houve um claro motivo
Cujo qual nem me lembro mais.
Sua imagem em minha memória foi distorcida,
A ponto de nem mesmo me lembrar de teu nome
Só sei que era um nome simples, comum,
Porém só de ouvi-lo fazia meu coragão palpitar sem parar
quando eu era mais nova.
Sei que o que disse foi algo vago,
Mas em minha memória pareceu algo verdadeiro
Não posso afirmar que tu também sentias afeto a mim,
Porém eu senti a ti, e isso me bastou por um tempo.
E depois só se tornou mais um fragmento de memória,
Assim como outros também se tornaram posteriormente.