Ouço como o relógio branda
A cada estalo do ponteiro
Minha vida desanda
Cá estão, minhas mãos retesadas
Na ânsia do tempo que me falta
E na sua exiguidade me torno cansada
Vivo por uma especiaria minguada
Por alguns cultuada
Por outros ignorada
Diga-me, o atroz divindade
Que caminho tomar
Para ficar longe de tua maldade
E me aproximar de sua perenidade?