Andava pelas ruas
Sem motivos
Passei na calçada
Esperei o semáforo
Que parou no verde
E Atravessei
Dia ensolarado
Vinha brisa leve
Sombras das árvores
E do outro lado da rua
Perto da banca
Uma moça sorrindo me observava
Sentia que algo queria me dizer
Me aproximei e ela falou:
Meu jovem, gostaria que
lhe conte sobre o destino?
Pensei comigo:
Por que, não? O que direi
a não ser acompanhar.
Respondi à senhorita:
Sim, o que me aguarda?
Olhei em sua direção
Seu cabelo preso por uma fita
Belos olhos castanhos belos
Numa mesa colocou as cartas
E começou a dizer:
O destino é muito além da percepção,
pois nele escrito sua dor, entres ilusões
Algo me fala, que não muito longe
existirá uma paixão, embora se neguem.
Perguntou para mim:
Por que acredita que viverá na solidão,
esse medo que lhe domina é um fruto de imaginação.
Mas lhe digo, tem pouco tempo devido
ao seu tratamento, o que lhe faz desistir?
Meus olhos lacrimejam e respondi:
Desculpa, estou no limite da vida
E o que me resta é esse pobre coração
Que foi encurralado e apunhalado
Me dói, o que é amar e ser amado?
Já aceitado que poderia partir desse mundo
Mas ao lhe ver do outro lado
Que hoje, seu sorriso me salvou
Minha perspectiva mudou
Acho que me apaixonei, queria vê-la sorrir mais
Um dia não estarei aqui
Enquanto isso, posso te fazer feliz…