Na penumbra do pensamento, em noites sem fim, Sussurram segredos os ventos, em um tom soturno e vil, Vagueiam pelas sombras, ecos de um passado ruim, Envolvendo em névoa densa, a verdade que se exilou, sutil.
Há um coração que pulsa, escondido na escuridão, Bate um ritmo irregular, de um amor que se perdeu, Nas veias corre o medo, como um rio sem direção, E cada pulsar é um lamento, um mistério que cresceu.
Entre as estrelas frias, um olhar se perde e chora, Buscando no infinito, respostas que não vêm, O tempo, com suas garras, a esperança devora, E na angústia do silêncio, o desespero se mantém.
Labirintos de incertezas, onde a mente se aventura, Caminhos entrelaçados, que a razão não desvenda, E na alma, uma ferida aberta, sangra na amargura, Enquanto a noite avança, e o mistério se estende.
Uma chave dourada, perdida em algum lugar, Promessa de libertação, para um espírito aprisionado, Mas quem ousa procurar, quem tem coragem de achar, No fundo do abismo, o enigma do destino selado?
Cada verso é uma pista, um fragmento de verdade, Tecendo a teia do desconhecido, com fios de ansiedade, E no final desta jornada, de angústia e saudade, Descobrir-se-á que o mistério é a própria realidade.
No profundo do olhar, um segredo permanece, Uma sombra no reflexo, um enigma a decifrar, E enquanto a vida avança, a dúvida enaltece, Pois o mistério da existência, jamais se revelará.