Depois o amor acaba, o café esfria
Aconchegante é buscar refúgio na madrugada e não querer se apresentar mais ao mundo durante o dia,
As nossas noites que outrora eram quentes, agora só nos resta uma madrugada fria...
Depois do fim o que nos espera?
Se contente com o presente te convidando a recomeçar, pois seu passado já era...
Depois da tempestade como dizem, virá a bonança
Não deixe de resgatar no baú dentro de si mesmo aquele sonho da sua eterna criança...
Herança?
É todo o legado que deixamos, se engana quem acha que rico é quem herda valores,
Essas coisas não valem nada para onde vamos...
Depois não haverá mais tempo,
Haverá só lamento de tudo que você não viveu,
Das coisas preciosas que não regou dentro de si, infelizmente morreu...
Depois não haverá perguntas para as respostas que deixamos de dar,
O momento é agora, não perca tempo, pois mesmo que não queira, ele irá passar...
Depois ficam cinzas os dias que já tiveram cor,
Um dia já enrugados, seus olhos brilharão por relembrar tudo o que por eles já passou...
Depois que o inverno de seus dias chegar, virão acompanhados de seus cabelos brancos,
Aí se lembrará dos dias iluminados e felizes de verão que passamos...
Depois, meu bem...
O leite azeda,
Das flores caem suas pétalas,
As árvores renovam suas folhas,
Depois não adianta reclamar que o mundo de fato não te conheceu, pois viveu trancado em sua própria bolha...
Depois chega o fim dessa grande viagem, então meu caro, curta sem pressa a paisagem...
Não perca tempo com vaidades, viva, mas viva visceralmente toda a sua verdade,
Não se apegue ao número de sua idade e não ligue para as más línguas desse falso moralismo da sociedade...
E aí quando do trem da vida você chegar na estação do além, não terá remorsos por não ter feito por você mesmo todos os esforços,
Irá em paz, sem desdém e não fará a pergunta tão temida e sofrida,
E depois, meu bem?
Autor: Bruna Laís Amaral. (Bruh Poesias & Luz)