NO MOSTEIRO.
Eu sinto bem que a injustiça e a maldade,
Predominando neste mundo insano,
É retrocesso ao primarismo humano,
Prenhe de sorrateira iniquidade!
Parte da desumana humanidade,
Se aproxima do ontem leviano,
Cujo passado, macabro e profano,
É berço da irracionalidade!
De tanto ver como essas turbas agem,
Vivo esta vida com pesar medonho,
Pois que a desgraça assola o orbe inteiro!
Busco então, neste mundo de passagem,
Aquela Paz que desde o berço eu sonho,
No silêncio deste velho mosteiro!