Filtros...
Vivemos num mundo infestado deles
Virtuais, reais
Diferentes ou iguais
Sei lá, tanto faz...
A similaridade entre todos é o mal que se traz...
Sorriem quando querem chorar
Silenciam quando querem gritar
Fogem quando querem ficar
Julgam ao invés de ter empatia
Crises de choro, insônia e ansiedade fazem vagar pela noite
E disfarçam com maquiagem, semblante sereno e sorrisos amarelos durante o dia
Filtros por que tê-los e não temê-los?
Filtram vidas perfeitas para caber em 1 minuto para engajar
Mas por trás destes filtros distorcidos de suas vidas a quem querem enganar? Ou melhor, será que se enganar?
Basta de rostos e corpos perfeitos e moldados por uma tela
Ninguém mais observa e suspira pela paisagem real pela janela
Que triste essa prisão ao alcance das próprias mãos
Será que não é melhor cultivar as belezas na vida real do que construir pra você ou invejar do outro uma doce ilusão?
Você não precisa provar para ninguém que sua vida é interessante
Não percebe que tentando a todo custo, torna tudo isso estressante?
Deixando de ser um ser pensante e se transformando num prisioneiro ambulante
Todos focados em suas telas, inebriados com a vida perfeita
Será que se desconectar um pouco não fará você enxergar partes boas da vida real que você tanto rejeita?
E de repente com a mudança de prisma, tudo não se ajeita?
Se conectar a quem está longe se tornou incrível
E se olharmos pro nosso lado e nos conectarmos a quem está mais perto? Também é possível!
Tire as máscaras, desfaça os filtros, olhe mais a olho nu para as coisas a sua volta
Lembre-se que o tempo perdido não tem mais volta!
Autor: Bruna Laís Amaral. (Bruh Poesias & luz)