Paulo de Freitas Mendonça

O Ignorante

O Ignorante

                             (Paulo de Freitas Mendonça)

 

Ignoro os falatórios, descabidos, desconexos,

maus fluídos e reflexos dos que estão no purgatório.

Ignoro os vexatórios atos mal intencionados

dos de alma desgraçados, eternos difamatórios.

 

Ignoro o negativo proposto à desconstrução,

o falso, o sem compaixão, o descrente e o vingativo.

Ignoro o destrutivo comentário sem razão

e o ato de ilusão, exploratório, abusivo.

 

Ignoro o obscuro que se julga ser flamante

E procuro estar distante do incorreto e do impuro.

Ignoro e esconjuro boato desconcertante.

 

Ignoro e vivo a esmo uma vida assobiante.

Concordo com o arrogante por conhecer o meu sesmo,

porque afinal,  eu sou mesmo, um eterno ignorante.