Marcelo Veloso

PEDAGOGIA, SEM OPRESSÃO

 

Aquele que gosta de falar muito,

ou tem a língua solta,

parece tagarela sem assunto,

e só quer gente em sua volta.

Não aceita opinião alguma,

desrespeita a ciência, odeia catálogo,

faz valer sua própria norma,

não tem tolerância ao diálogo.

E se a arte lhe é trazida,

faz disso uma guerra estrutural,

age com desvario e aspereza,

contra qualquer expressão cultural.

 

Ah, mas, o pior de tudo isso,

é quando se fala em educação,

perde o fôlego, quase morre,

ao ouvir falar  de pedagogia, sem opressão.

Então, para quem, ainda, insiste,

em ficar falando besteira, fazendo ironia,

e sentir-se dono da razão,

leia: Pedagogia da Autonomia.

Mas, se mesmo assim resistir,

não se faça de desentendido,

saberá o que é sentir restaurado e livre,

lendo: Pedagogia do Oprimido.

 

Tem muita leitura boa disponível,

que dá vazão a um farto bem querer,

passe pela Educação e Mudança,

e sentirás A Importância do Ato de Ler.

O querer aprender é sempre oportuno,

ajuda a repensar a inconstância,

e para ajudar a renunciar ao desatino,

nada melhor que Pedagogia da Tolerância.

Saiba que diante da Conscientização,

não há espaço para comportamento submisso,

o fanatismo e o fatalismo desmoronam,

interaja, portanto, com a Pedagogia do Compromisso.

 

A energia essencial pra esbanjar a justiça,

tem como resposta a ser dada à sociedade,

é de que, com democracia, sempre, se terá,

uma Educação como Prática de Liberdade.

E o propósito da Política e Educação,

é superar, de vez, toda contenda, todo atrito,

tendo como fio condutor, respostas claras,

aprendendo com Pedagogia – Diálogo e Conflito.

Mas, aos que envergam contra Paulo Freire,

e, com isso, causam desavença e insegurança,

a resposta é: a educação é um ato de amor,

então, se entregue à Pedagogia da Esperança.