No café da manhã, o aroma do café
Desperta lembranças de risos compartilhados,
O sol, tímido, atravessa a janela,
Iluminando a cadeira vazia à minha frente.
Sinto o calor de um abraço ausente,
E o vazio se transforma em saudade.
Nas ruas, rostos desconhecidos passam,
Mas em cada olhar, procuro o teu.
Os passos ecoam no calçamento molhado,
Cada gota de chuva parece uma lágrima não chorada.
Sob o guarda-chuva, o vento sussurra
Teu nome, perdido no tempo.
No parque, crianças correm e brincam,
Seus risos são notas de uma melodia esquecida,
Os balanços rangem, como o som
De promessas não cumpridas.
Sentado no banco, abraço a solidão,
E ela me acolhe como uma velha amiga.
À noite, estrelas cintilam no céu,
Cada uma, um desejo não realizado,
A lua, única testemunha silenciosa,
Reflete a luz do amor que não vingou.
Fecho os olhos e sinto teu toque,
Fantasma doce de um passado distante.
No fim do dia, a cama vazia
É um oceano de lençóis frios,
Os sonhos são portais para memórias,
Onde te encontro, como se nunca tivesses partido,
Mas ao acordar, a realidade me envolve,
E a ausência se torna minha única companhia.