Tudo é triste, triste como eu
Tudo é triste, triste como nós
Aflição de ser água em meio à terra
Vivos ausentes, a cada dia esperando...
Amamos tanto, e muitas vezes em vão
A perda é cotidiana e infinita
Você nunca conhece realmente as pessoas
O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais
Olha-me de novo
Mais atento
Buscarei a luz e o amor
Há sonhos que devem ser ressonhados
Projetos que não podem ser esquecidos
Chegaremos a algum lugar?
Vale a pena lutar?
Fica a sensação de sempre pelejar
E a nenhum lugar chegar...
Mas outra alternativa não há
Se não lutar e sonhar
Contém trechos de obras de Hilda Hilst. Hilda de Almeida Prado Hilst, mais conhecida como Hilda Hilst, (Jaú/SP, 21 de abril de 1930 — Campinas/SP, 4 de fevereiro de 2004) foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. (Wikipédia)