O vento bate à janela do meu quarto,
balança os galhos das árvores, destoa-me!
Levanta as folhas secas caídas ao chão, aleatoriamente...
Deixa um tom cinza na paisagem. É outono!
Essas folhas que dançam no ar, que se soerguem do chão,
impulsionadas por esse vento vagabundo, persistente,
deixa-me preso em minhas divagações e lembranças,
Preso as armadilhas desse tempo de nostalgia e ais de outrora.
É outono! Uma calmaria espraia-se por aqui...
Esse vento atropelando tudo, vai de porta em porta,
levantando folhas secas, reavivando meus abandonos.
Esse langor, essas lembranças, esse dor, tantos outonos!