Thiago Santos

Monólogo

Bom dia mundo, 
Acordei por causa do meu sonho
Meu pesadelo me trouxe sinais
Esquece essa casca rancorosa 
Essas flores percebem demais

A dúvida faz parte do acaso
A constante guerra pela paz 
Até onde tua mente te leva?
O que te faz firmar mais os pés?
Quem te ressalta a levar as mãos?
Quem que te esquece a lavar seus olhos
Quem que te deu essa confusão?
Achismo não é diagnóstico.

Sem permissão 
Vivo de propósito
São sementes, rego portfólios
Sem dinheiro, mas nunca fui pobre
Precisam vencer, pois se sentem menores

Não vestem meu vício
Nem matam minha fome
Não gostaram do livro
Não gostaram do nome


Paradisíaco, luxo do homem
O paradigma atrás do revólver
Muita razão, pouco é hipócrita (passa tudo)
Passa nada que eu falei devolve.

Pensamento que eu crio sóbrio 
Casa cheia, mudo quem me molda
Desfigurado, espinho do meu foco
Alastrando o estrago do meu fogo
Bem me quer, só lavagem pros porcos
Colateral, o efeito desse jogo

A certeza vem depois do ovo
Até ficar estranho, denovo e denovo.
O diferente é igual mas, é oco
A poesia que me estanca o choro
A melodia que me espanta o sono

Fui adjetivo hoje sou sinônimo
As decisões igual meu nome próprio
Propriedade da minha alavanca
Todo dia entre tragos e danças
Tornando as asas maiores que a âncora
Dividindo pra sobrar pra janta
Desejando até depois da transa

Não mete bronca,
Não cabe derrama
Ensaiado esse teu lado insano
Não vê a hora de zarpar e ir embora
Pois já ‘tá cansado de fingir que ama

Porque culpa os outros pelas suas escolhas?
Manipulação, Se mascara profético
Põe na sua playlist meu Olho no Olho
Você nunca foi lixo, por que te consideram?

Eu falo sério
Me sinto Übermensch
Te enfiaram regras, parece evangélico
Hermenêutica no meu evangelho
Verdadeiro igual livro do Kelby
Precisamos falar sobre Kevin
Deixa em casa aquele canivete
Não se veste assim senão eles dão risada 
Não fala assim senão “eles” te leva

Sou essa chuva,
Então deixa que lave
Pus em primeiro o que me pôs de lado
Se adaptando pela circunstância
por que se pudesse já tinha voltado 
pra quando não tinha essa angústia

Tão agudo que me sinto agulha
Tão maleável que me sinto firme
Tão doente que me sinto cura

Me desculpe,
Não sou mais desculpa
Então desculpa que já é inato
Devolve o medos todos para dentro
Devolve os sonhos todos para a prática

Esquenta a cabeça
Já fritei batata
Por querer aquilo que o dinheiro não paga
Sou divino, igualzinho a praga
O que eu vivi o mundo não apaga
Não sou de ferro, a pupila dilata
Inconsciente igual meu lado alcoólatra
Sua explicação “só dá bola fora”
A situação só te observava

Impulsiva a persona que escreve
Fantasia do seu Alter Ego
Por aqui, viver é minha tarefa
A confiança faz com que eu acerte
Eu já fui pisado então não aceito
A minha perna é menor que o degrau


Rolou de novo, eu me fiz pequeno.
Humildade na linguagem moral
Tô pelo efeito horizontal, não supero que o Lucas morreu.
Era tudo que Deus tinha para dar ou foi só aquilo que ele escolheu? 
Ou não teve nem uma escolha e se arriscou naquilo que o acolheu.

Por isso sigo cantando, o que nós já conversamos, só que não resolveu.
Ano passado eu fui o Mateus 
Esse ano eu precisava ser Eu.
Agradecendo por conhecer o Biel

Não toca nos sonhos, pois eles são meus
Interpretação é igual os teus olhos
Sentimentalmente eu sou metafórico
E você sempre optando pelo óbvio

Vejo o que eu sinto na minha sobrancelha
É meu instinto que está percorrendo
Tão primitivo,
Hiperativo quase um lançamento
Intuitivo chega ser pra sempre
Repetitivo sou loop, sou “Senpou”
Sou tudo aquilo que eu falo que sou
Mas não em si
Em sim a consequência


Deve ser a minha desconfiança 
Que é dona da minha permanência
Que marca a minha presença
Antes da permissão da sua experiência
3 por 4, nossa existência,
poesia, minha resistência.
Meu pecado, minha penitência
Meu reflexo, Minha transparência

Transferência tipo mano a mano
Tudo que aprendo é com as mulheres
Você tá devendo ou só se pagando?
Quem é, não prova que é, porque só é

Eu te testo,
Você me detesta
Mentir pelos olhos, como que conversa?
São só palavras mas se serviu, veste
Porque nos meus princípios eu sempre invisto

Me visita só por benefícios
Só em revolta eu que concilio
Meus erros são por puro capricho

Fazer a rima é parte mais fácil,
Não acho difícil lembrar do início
É semelhança não impressão minha,
Entre o paladar e o amargo das crises
Acerto da culpa e o erro da ira
Arquétipos e o sonho da íris
Esse mundo não cabe em mim
Nem a felicidade dentro do sorriso
A infelicidade nesse touchscreen
Ninguém te prometeu o paraíso
Tira a incerteza dentro de si
Se eu acordar sem eu mesmo que fiz
Fim.