Por dentro o sentimento faz meu corpo inteiro pulsar,
Uma voraz vontade de gritar,
Quebrar os espelhos, não ver mais os reflexos,
Dessa vida tão tola, ás vezes sem o menor nexo...
Socar, gritar, uivar, quebrar, correr,
Me despir das velhas camadas de mim, finalmente viver?!
Será que isso iria resolver?
Tenho uma vaga ideia que de fato não, mas eu bem que pagaria para ver!
Ver para crer?
Que ironia é aspirar a cada amanhecer o início de um novo dia e no fim dessa estrada da vida morrer!
Socar o ar, gritar no meio do nada para esvaziar-me do peso da alma, para ninguém escutar
Uivar para a alcateia da loba solitária que sou, quebrar as correntes dessa quimera que em minha mente ainda restou...
Correr sem parar, sem pensar,
Sentir o vento beijar meu rosto e bagunçar meus cabelos,
Numa dança linda e doída ao mesmo tempo, me despindo de todas as camadas de mim, dos velhos medos...
Segredos?
Ah, meu caro
Esses nunca, jamais vou lhe revelar,
Estarão sempre escondidos dentro dos mistérios que guardo ainda em mim,
Na minha eterna e terna,
Caverna particular!
Autor: Bruna Laís Amaral. (Bruh Poesias & Luz)