E ela viu, de dentro,
E viu que podia
Sair, e deixar sair
O que de dentro
Só se deixava
Ver
Pelas brechas
Da janela
De madeira, de tábuas.
Aquela janela,
A da infância,
Que era aberta
Pra arejar.
E ela deixa, aquela janela
Agora, entreaberta.
Deixa o ar, o vento,
A brisa entrar.
E de dentro
Sai,
os pensamentos,
Os sonhos, antes esquecidos,
As vontades e ambições
Daquela piá.
E ela sorri,
Da janela...