Eu fiquei preso no que deveria ser minha liberdade. Quando duvidei da existência, transformei tudo em meu próprio inferno. Agora corro atrás da liberdade novamente, porque ninguém me contou que eu cavaria minha própria cova. Eu seria o motivo da minha própria destruição. Não serão os vermes que sumiram com minha carne, farei isso antes. Não será o fogo que me consumirá, meus pensamentos queimam meu ser. O inferno é real, pois eu o criei. Se posso criar o inferno, posso criar o paraíso? Não sou capaz de criar nada que me favoreça. Quando me abracei para fugir dos inimigos, vi que deveria fugir de meus próprios braços, fiquei angustiado como se a lepra consumisse todo meu corpo, fui alérgico a mim mesmo. Sofro porque sou eu, sofro porque, se eu não fosse eu, também sofreria.