Do meu coração, a solidão,
Culpa minha, eu sei, por essa condição.
Minha natureza nômade, inquieta e errante,
Não me permite ancorar, nem ser constante.
Odeio fazer barulho, perturbar o silêncio,
Mas também detesto viver de migalhas, sem clemência.
Quero devolver-te tudo o que um dia te dei,
Seguir em frente, sem olhar para trás, sem rei.
Talvez um dia, em alguma encruzilhada,
Encontre o refúgio que minha alma cansada
Sempre buscou. Um abrigo, um calor próprio,
Que não seja frio, mas acolha como um rio.
Assim, a cicatriz da minha jornada,
Marcada pelo tempo, pela estrada,
Será lembrança de um coração errante,
Que buscou refúgio na própria caminhada.
By Lunix.L