Um poema me fala ao ouvido
de um tempo esquecido, que não quero reviver...
Sinto o cheiro da morte, um abraço perene e forte,
gritos, lágrimas, murmúrios...
vejo vultos pelos cantos...
Numa manhã qualquer,
amanhecerei sorrindo...
E de repente, a felicidade me encontra...
vem cantar comigo...
O Universo se encarrega
de escrever em linhas invisíveis
as histórias que vivemos,
os momentos que se perderam,
e os sonhos que se desvaneceram.
Não há nostalgia no tempo esquecido,
apenas a aceitação do que foi,
do que não pode ser mudado.
A vida, essa dança efêmera,
nos ensina a valorizar cada passo,
cada riso, cada lágrima,
pois tudo se desfaz no tecido do esquecimento.
E assim, seguimos adiante,
abraçando o presente,
deixando para trás as cascas douradas
e inúteis das horas.
O tempo, implacável e generoso,
nos lembra que somos apenas viajantes,
passageiros breves nesse universo vasto.
Que importa se o relógio avança?
O que realmente importa
é como dançamos com o tempo,
como abraçamos a vida,
mesmo quando ela se esconde
nas sombras do esquecimento.
E assim, neste poema,
relembro o que foi,
aceito o que é,
e abraço o que será,
pois o tempo esquecido
é o fio invisível que nos conecta
à eternidade do instante presente.
By Lunix.L
(Inspirado no escritor Mario Quintana\'s e a sua obra \"O Tempo\".)