Eu já quis muitas coisas.
Mas lembro que só queria você.
O tempo parava, o mundo girava.
E tínhamos um ao outro.
Mas o tempo muda todo o nosso querer.
Traz uma inquietude pela incompreensão dos fatos.
A inerente forma de nos dizer que não temos controle.
Eram dias e dias, madrugadas e nossos corpos colados, beijos, carinhos, corações acelerados e parecia que a gente explodia.
E nesse tempo, só via você.
Hoje te aceno de longe. Não mais como uma saudade.
Mas como algo que talvez precisasse partir. Descolar de mim, sem nenhuma doce lembrança.
Aprendi tanta coisa, hoje sou outra.
E dentro dessa outra,
Sou tantas dentro do meu eu.
E sou aquela que tantas marcas você me deixou.
Muitas vezes dormi de tanto chorar e as minhas lágrimas eram como cacos ferindo minha pele.
Mas as dores já faziam parte de mim.
Elas doem. Como um coração que incansavelmente ainda bate de tanto apanhar.
E você dizia que eu era a sua companheira borboleta...