Vontade vitupéria da carniça,
És por tudo o mais pobre intento;
Sangra-te no vão desejo violento
Que fomenta tua feroz cobiça.
Adentras as portas de um convento
Para fingir seguir-lhe a nobre lida;
Mascaras tua inteiríssima vida
Para esconder teu rosto sangrento.
És por inteiro um Fruto Proibido;
Belíssimo, mas de pior rebento.
És Dia nos céus de quem conforte,
Mas como poderia, se este intento
Que carregas é por inteiro flectido,
E quem lhe toca enxerga só a Morte?