Rychard S. Paz

Masquerade

Vontade vitupéria da carniça,

És por tudo o mais pobre intento;

Sangra-te no vão desejo violento

Que fomenta tua feroz cobiça.

 

Adentras as portas de um convento

Para fingir seguir-lhe a nobre lida;

Mascaras tua inteiríssima vida

Para esconder teu rosto sangrento.

 

És por inteiro um Fruto Proibido;

Belíssimo, mas de pior rebento.

És Dia nos céus de quem conforte,

 

Mas como poderia, se este intento

Que carregas é por inteiro flectido,

E quem lhe toca enxerga só a Morte?