Uma linda princesa andava por entre meus bosques,
Seu perfume misturava-se com a natureza que lhe entrelaçava.
Suas palavras ressoavam harmonicamente com o canto dos pássaros.
Outrora, fostes a minha rosa; uma linda flor em meus bosques.
Agora, descansas na lagoa esquecida pelo tempo,
Cantas baixinho para que o vento não lhe consuma.
Regas a última faísca de vida,
Tentando ressuscitar a alma perdida.
Teu brilho existe, vívido, mas oculto,
Teu aroma ainda vaga pelos bosques encantados.
Tua flor não morrerá, nem em mil anos,
Tuas graças ecoarão, por milênios encantados.
Ela descansa em paz, no santuário do meu coração,
Sua solidão reverbera por toda a minha dimensão.
Apesar dos olhares, não sucumbirei perante o altar,
Mais uma vez... Retornarei àqueles bosques esquecidos.