Nicolle s lima

O inefável

Como vencer o amor que não é só falado, mas por muitas vezes, sentido?

Como tu vencerias um amor que não é apenas tu que sentes.

Como será? Como dizer, a tua pele, que aquilo que ò tocas não é real?

Como dizeres, as tuas narinas, que esse cheiro de tudo, na verdade, é nada.

 

Como? Me diga, como? Explicar para os teus olhos, que tudo aquilo que eles veem, de fato, não é deles.

O corpo no corpo, as mãos nas mãos e a, bendita, boca na boca, estão em colapso ao saberem que não estão destinados.

A química, não entrou em consenso com a vida quando te fez para mim.

Hoje, eu entendo o jovem Romeu, que se deslumbrou em uma louca paixão e se entregou, por fim, ao nada.

 

Ora , me diga então? Para que tu viestes?

Consigo sentir o teu leve toque em minhas mãos, elas, são como ímã, que se juntam na mesma energia magnética do amor.

Como? Amar , aquilo, que outrora tu tens? Como se afogar em piscina de casa?

A minha razão, detesta todo sentimento que gera-se em mim e a simplicidade de te amar me cativas.

 

Oh, bendito seja aquele que criar-te!

Acredito eu, que, tu não viestes para um só.

Imaginas? Que egoísmo, apenas um dos humanos tenha-te.

Tu és, talvez, o acordar às 5h30 da manhã para mais um dia de trabalho, após uma preguiçosa noite de sono, por os pés no chão, olhar para o relógio e, por fim, descobrir que é domingo.

 

- Nicolle S Lima