Lembro ao despertar
Pela manhã, frescor frio
Percorreu na pele
Ainda sonolento
Vistas lentas
Observando ao alvor
Sentindo a leveza pluma
Pairando em fluidez
Beijo meigo, lábios suculentos
Sensação provocante
Deste sonho devasso
Efêmero e instigante
Deleite-se ao teu toque
Sabor derramado do vinho
Mesclando por nós
Abafado, afago em tua nuca
Indulto, irreal de devaneio
…
Estou cansado
Sei que não compreenderá
Minha bateria social
Está baixa, descarregando…
Em meio às interações
Me desânimo, exausto
Pensamentos pesam
Muito, muito além do limite
Não quero ser visto
A existência infeliz
Que só lamenta e reclama
Ouvindo a frase: “Talvez você enjoou?”
Enjoei de pensar, resolver tudo sozinho
Por que não posso descansar?
Simplesmente sumir deste mundo
Ainda pressinto o fardo continua comigo
…