Libriana

Aprendi a plantar

Aprendi a plantar sem minhas mãos sujar ...Sobre solo fértil, nutrido e para mim bem familiar

Quanto mais fundo cresce raiz , se torna difícil perder seu lugar...Regado com frequência e incapaz de se afogar Planta bem cuidada jamais perecerá 

Do fundo da terra ela veio a se mostrar Subindo , escalando como se em busca de ar, ainda que não sairá eu sabia que estava lá 

E quanto mais eu lhe regava mais vivaz se tornava , sua força e atrevo me dizer que de certa forma sua beleza...

Eu tive que tranca-lá , e não deixar pessoas saberem que aqui é seu lugar Quem não entende o que a gente sente apenas fingi ser gente como a gente

E todas as noites eu sou levada a nosso lugar, se de erva venenosa seus ramos jorrar seria eu em puro deleite a provar

Vendo como lhe cultivei me faz sentir pena de mim, por tu ser a única coisa que eu fora capaz de criar

E quando você se revolta e escala minhas entranhas, sufoca meu coração e se mostra mais vivaz que minha razão

Você aprisiona o meu sentido e me faz tremer como um cão, se pendura em minhas cordas vocais e que faz um nó pra impedir meu som ... Que agarra meus pulmões e altera minha respiração

E agora as noites somos eu e você, você que toma minhas lágrimas hoje me aprisiona juntas em mesmo espaço 

 

Plantei e cultivei o que hoje venha me murchar, estava disposta a ter você junto ao meu lar , mas planta que adoece e  muito cresce chega momento de podar

Tenho péssimo gosto para plantas ainda mais sobre as que cultivo em meu lugar ... Sobre tudo, quem também sente sabe que não é sobre plantas que estou a falar.