Moraes

Um Banquete de Desejos

Na penumbra do quarto, corpos se encontram, Pele contra pele, desejo que desponta. Teus olhos, chamas intensas, me devoram, meus lábios nos teus, enquanto te exploro. 

Teu toque é uma promessa, a pele arrepiada, cada carícia, um suspiro, uma palavra calada. Teus gemidos me guiam, a dança começa, no jogo do prazer, nossa sede não cessa. 

Teus dedos deslizam, investigam meu ser, na trilha do desejo, me faço ceder. Boca e corpo, unidos em luxúria, nos lençóis, transbordamos a mais pura euforia. 

Noite adentro, outros corpos se juntam, um mar de pele, onde todos se encontram. O prazer se multiplica, sem regras, sem fim, Numa dança promíscua, todos se entregam assim. 

Teus beijos famintos descem pelo meu ventre, cada toque, um delírio, uma corrente quente. Teus gemidos e os meus, uma sinfonia carnal, Múltiplos amantes, uma noite anormal. 

Corpos se movem, suor e prazer, cada movimento, um novo amanhecer. Teu cheiro, teu gosto, cravados na mente, na dança do amor, somos um só, indecente. 

Nas primeiras luzes, exaustos, sorrimos, nos resquícios do êxtase, enfim adormecemos. Sabendo que a noite foi mais que paixão, foi a explosão dos nossos corpos em plena comunhão. 

E ao amanhecer, lembramos dos muitos, Corpos entrelaçados, desejos conjuntos. Na cama compartilhada, sorrisos se espalham, ecoando a promessa de noites que se esgarçam.